Findou o dia e caiu
Sobre a noite um manto arrufado
Morte que o sonho pariu
Misto de sangue e de fado
Lágrimas vastas imergem
Das quatro paredes ocultas
Que num sufoco se erguem
Pérfidas e obscuras
A medo a alma recolhe
Ao aconchego da fantasia
Na esperança que sonho torne
Finde a noite em novo dia
Mas novo dia será
O imutável baixar do pano
Que agastado cairá
Sobre o mesmo desencanto
POETIK
Sem comentários:
Enviar um comentário