quarta-feira, abril 11, 2012

obscuridades do sonho



Findou o dia e caiu
Sobre a noite um manto arrufado
Morte que o sonho pariu
Misto de sangue e de fado

Lágrimas vastas imergem
Das quatro paredes ocultas
Que num sufoco se erguem
Pérfidas e obscuras

A medo a alma recolhe
Ao aconchego da fantasia
Na esperança que sonho torne
Finde a noite em novo dia

Mas novo dia será
O imutável baixar do pano
Que agastado cairá
Sobre o mesmo desencanto

POETIK

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