De negro levo o corpo, levo a alma
Saio de mãos dadas com a vida
Na escuridão há silêncios, há a calma
Das horas em que o sonho me conquista
Passo sempre só naquela rua
Na rua aonde deixo indistintamente meus traços
No chão, há sempre restos da lua
Que a noite vai cedendo dos meus passos
E do negrume do tempo
Ou da ténue luz da lua
Caio das teias do vento
Nas negras pedras da rua
E nesse sonho prostrado
Entre o desejo e a fome
Canta-se em mim novo fado
Se a noite já se consome
E tudo o que resta no fim
Tudo o que resta ficar
É só um sonho de mim
Que jamais ousei sonhar
POETIK
1 comentário:
O fado é negro,mas os pensamentos são brilhantes...quem me dera ter esta fantástica imaginação.Parabéns!
Deixo-te um beijinho c/ saudades:)
Enviar um comentário