domingo, maio 17, 2009

quando chove




Sempre que chove
Há uma saudade que me acolhe
Numa nuvem quase inventada

Quando chove
Tudo é nada

À meia-noite de ti
O dia mal começou
E eu já não sei de cor

A meia-lua que vi
Ou a nuvem que chorou
Por ser só meia dor

E essas coisas que pensas de mim
São meias coisas
De nada

E temo
Que quando chove
Me ouças
E eu seja só uma lágrima

Ou apenas

Nuvem que passa
Passageira nessa estrada
Nuvem gente, nuvem nada

Nuvem só
De ser só nuvem
Onde outras estradas se achem
Onde outras estradas se esfumem

jorge@ntunes

2 comentários:

Ana Paula disse...

Nossa....uma vez mais, sinto que não tenho palavras para te dizer o quanto adorei as tuas palavras...está belo!!!!
..."E temo
Que quando chove
Me ouças
E eu seja só uma lágrima"...
Mil beijos de carinho Poeta Grande!
Fica bem.

@lexis disse...

E dos meus olhos cai água
Que é por tudo
… ou quase nada

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