domingo, abril 15, 2012

as horas do fim


Não mais estas horas de solidão
Não mais a solidão de tantas horas
Não mais os pensamentos que me toldam a razão
Ou as lágrimas em meu rosto, quase mortas

Não mais a tentação da felicidade
Não mais a felicidade da fantasia
Não mais os sonhos na memória da saudade
Ou a insânia de sonhar só mais um dia

Não mais o sono do desassossego
Não mais o desassossego de acordar
Não mais esse horizonte que de longe não lhe chego
Ou a achacada sina de por breve o tocar

Não mais qualquer aceno ou partida
Não mais qualquer partida ou regresso
Não mais poemas que tropecem enganosos nesta vida
Ou estas horas findas em que tropeço…

POETIK

1 comentário:

Geminiana disse...

Bem escrito,apesar de triste.GOSTEI

Um beijo grande:)

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