sábado, abril 02, 2011



Raras são as horas de lucidez
As únicas, deveras loucas
Raras, de tantas,
Se acharem poucas…

Por entre os escombros pérfidos
O universo retalia
Dando aos poetas a lua
Aos demais, o sol do dia…

E, que estranheza tamanha
Ser gelo, ser chama
Ser vida e morte
Entre pensamentos pasmos
Que raros
Ditam a sorte...

Entre mim
E esse banco de jardim
Onde ouso às vezes sentar
Há um todo de vazios
Lágrimas a que chamo rios
Almas a que chamo mar

E lá, nesse banco aonde me sento
Escrevo nas folhas do vento
As raras horas que vão
Em voos cegos poisar
Num qualquer lúcido olhar
Louco de tanta ilusão…

POETIK

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