sábado, agosto 21, 2010





Sustenho a respiração
Como a pressentir o que lá vem
Como se depois de tudo
O desdém
A mal aventurada vida
Que me sustêm


Saberia alguma vez suste-la
Penetrar no seu vazio, esquece-la?

Deixar de sentir que existo
Não resistir ao que resisto
Deixar-me ir…

Deixar-me docemente levar
Pelas carícias do mar
Fluir…


Seria capaz
De pagar o preço da paz
Esquecendo
Sustendo

A mal aventurada vida?

Sei que sim…
…mas não saberia….



POETIK

3 comentários:

Lou Albergaria disse...

Defendo que a Vida deve ser sempre a única opção...

Morte só fica bem no sentido poétik...

Beijo!

Belíssimo poema! Adorei!!!

Aмbзr Ѽ disse...

adoro esse tom drmático em poemas.


http://terza-rima.blogspot.com/

oblogdaalexis.blogspot.com disse...

Gostei da Ophelia dos tempos modernos e gostei dos versos despreocupados de uma preocupação constante
Gosto de te ler mesmo quando te leio assim deixando fluir as palavras sem as conseguir suster
Gosto de gostar de ti
ponto.

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