A cruz por destino
Corpo dilacerado
Alma que eterna sobe
Ao céu estrelado
Que ilusão meu Deus!!!
Meu?!!!... Deus?!!!...
Apenas força de expressão...
Deuses-Homens, Homens-Deuses
São mitos
Famintos de devoção...
Não há cruz
Nem noite
Nem luz
Para lá da existência
Sonhamos longe...
Exigimos para nós grandeza
Para lá da permanência
Queremo-nos
Também eternos...
Eternamente loucos
“Podemos lá ser só isto?!!!”
Não, não nos cabe essa loucura...
No céu ou no inferno
Que importa!!!
Se a alma perdura!!!...
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Tudo pode não passar
De um equivoco meu
Sobre algo que me escapou
Ao pensar em quem sou eu
Talvez...
Apenas que perante o que o meu olhar alcança
Sinto muito maior, tudo o que está pra lá de mim
E mesmo em tudo isso
Vejo um fim
Sinto que não sei o que sentem as outras coisas
E que elas não sentem assim possivelmente
E que a minha moral
É minha, tão-somente
Sinto que não me sinto
O centro do universo
Nem que fui eu ou qualquer Deus
Que lhe deu forma ou cor...
Não...
Nem Deuses nem Homens
Sinto maiores
Que a mais singela flor...
jorge@ntunes
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