sexta-feira, novembro 05, 2010



Pernoito absurdo em teu colo
Em teu poema indecifrável
No afago promíscuo e sedutor
O desejo agridoce, impenetrável

Sabes-me a solidão e a vento
E ao mar que te deixei
Em lágrimas. Nesse colo
Que absurdo, não chorei

Que não chorei nas sombras
Que pernoitam sem afago
No desejo do poema
Promíscuo e raro

Não sei se acordo se adormeço
Se calmo estremeço em ti
Esta dissonância

Não sei tampouco se te pertenço
Solidão e vento que aqui
É fragrância

De flor que já não és
Caída a meus pés
Um dia

Pernoito absurdo em teu colo
Porque logo
Não sou mais vida

POETIK

5 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Simplesmente maravilhoso.


Sabes-me a solidão e a vento
E ao mar que te deixei
Em lágrimas. Nesse colo
Que absurdo, não chorei

Um belo momento de poesia

beijinhos
Sonhadora

Acessando Terapia disse...

Que lindo!

('Não sei se acordo se adormeço
Se calmo estremeço em ti
Esta dissonância

Não sei tampouco se te pertenço
Solidão e vento que aqui
É fragrância')

Particularmente, amei... AMEI!

Beijo

Anónimo disse...

Lindo!Lindo!Lindo!

"Pernoito absurdo em teu colo
Porque logo
Não sou mais vida"

Morremos um pouco no amor ...

Eu já li muita coisa boa aqui, mas esse poema está simplesmente demais.

Parabéns!bjs

*lua* disse...

Amor e sentimentos mergulhados na dissonância de nosso ser equivocado. Quando tem, nem sabe que tem, o quando perde, começa a descobrir que de si perdeu-se. Sempre muito profundo. Beijo Jorge.

Victoria disse...

Não sei tampouco se te pertenço...

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