Pernoito absurdo em teu colo
Em teu poema indecifrável
No afago promíscuo e sedutor
O desejo agridoce, impenetrável
Sabes-me a solidão e a vento
E ao mar que te deixei
Em lágrimas. Nesse colo
Que absurdo, não chorei
Que não chorei nas sombras
Que pernoitam sem afago
No desejo do poema
Promíscuo e raro
Não sei se acordo se adormeço
Se calmo estremeço em ti
Esta dissonância
Não sei tampouco se te pertenço
Solidão e vento que aqui
É fragrância
De flor que já não és
Caída a meus pés
Um dia
Pernoito absurdo em teu colo
Porque logo
Não sou mais vida
POETIK
5 comentários:
Simplesmente maravilhoso.
Sabes-me a solidão e a vento
E ao mar que te deixei
Em lágrimas. Nesse colo
Que absurdo, não chorei
Um belo momento de poesia
beijinhos
Sonhadora
Que lindo!
('Não sei se acordo se adormeço
Se calmo estremeço em ti
Esta dissonância
Não sei tampouco se te pertenço
Solidão e vento que aqui
É fragrância')
Particularmente, amei... AMEI!
Beijo
Lindo!Lindo!Lindo!
"Pernoito absurdo em teu colo
Porque logo
Não sou mais vida"
Morremos um pouco no amor ...
Eu já li muita coisa boa aqui, mas esse poema está simplesmente demais.
Parabéns!bjs
Amor e sentimentos mergulhados na dissonância de nosso ser equivocado. Quando tem, nem sabe que tem, o quando perde, começa a descobrir que de si perdeu-se. Sempre muito profundo. Beijo Jorge.
Não sei tampouco se te pertenço...
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