sexta-feira, abril 11, 2008
palavras ao vento
Anda perdida
Uma saudade esquecida
Quase com forma de gente
Adormecida
Numa luta apetecida
Numa sombra permanente
Anda vergada
Ao poder de qualquer espada
Anda ao destino cingida
Calada
Ao pesaroso, atracada
Na rota que a traz esquecida
Saudade, saudade
A que te sabe a idade
Do tempo que já passou
Em quanta mentira a verdade
Te soube à paridade
Do vento que te levou
E quantas vezes do sonho
Te perdeste sem retorno
Sem vontade de voltar
E quantas vezes o sonho
Foi pesadelo medonho
Em chagas abertas plo mar
Quantas vezes, quantas vezes
O olhar a voz traiu
Quantas vezes, quantas vezes
A tua alma partiu
E se deixou embalar
Quantas vezes, quantas vezes
Tu fugiste de voar
Saudade
Que tanto pesas
Neste corpo que não levas
Quando o dia procuras
Saudade
Que vem das trevas
Saudade que tanto pecas
Nas nuvens que pairam escuras
Vê se um dia, um qualquer dia
Te deixas de ver saudade
E fazes de ti profecia
E fazes de ti, vontade...
jorge@ntunes
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2 comentários:
Saudade Saudade maldita Saudade...
Beijos
Adorei!Muito bem escrito.Palavras sinceras... que ao mesmo tempo que me fascina me assusta...palavras ao vento...quando escritas com a alma e o coração...nos faz sonhar e também leva e traz, sentimentos de grande emoção e felicidade.O que fazer com tanta saudade? Fingir que ela não existe? É difícil...tão difícil que chega ser incompreensível.
Muitos beijinhos de saudades!
ADORO-TE MY LOVE (*_*)
Fica na Paz!
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