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Na paisagem trémula, receosa
Passeio-me quase descrente
Nos céus voam aves ao acaso
Nada segue na corrente
A paisagem porque me teme
Eu porque a não entendo
As aves essas de tão além
Apenas poisam no vento
Na paisagem um mar retrai-se
Apenas lhe toco a espuma
A terra foge-me dos pés desolada
O sol, esfuma-se na bruma
O mundo gira na perdição
De uma imensa desilusão
Num acabado desacerto
Sobro-lhe, na sua perfeição
Sou-lhes espinho cravado no coração
Desalento, desalento, desalento...
jorge@ntunes
2 comentários:
As aves poisam no vento...e a tua alma esvoaça pelos corredores do infinito levando o desalento para além do teu horizonte...
As brumas do teu pensamento serão somente reminiscências da tua história...
Abraço-te com carinho*
Fanny
Olá, apesar da melancolia, do desalento,consegues nos brindar com um excelente poema.Parabens!!!Isso mesmo querido,reveste-te de força, coragem e parte para a luta sem medo.Muitos te desconhecem,no entanto, Deus sabe quem és e EU tb.
Adoro-te infinitamente:)
Geminiana
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