Estou preso a este livro da vida
Onde me rescrevo ou rasgo
Onde em cada página em branco
Poema me traço
Tivesse eu da felicidade, a hora
O maternal embalo do seu colo
O seu peito firme, idolatrado.
Tivesse eu da hora, a felicidade
De ser homem em plena glória
Ser a ave que poisa no solo
Larga docemente seu fado
E alça voo em liberdade
Tivesse eu a memória viva
Dos gestos simples da vida
De todas as horas que contam
Na hora que vem perdida
Na hora enaltecida
De quantos sonham
Ah tivesse eu da felicidade o assombro
Ou simplesmente o seu ombro
A sua mais doce ou piedosa palavra.
Tivesse eu a hora das horas
A grandeza de todas as trovas
A plenitude da alma
Tomaria banhos de lua
Sobre a tua pele nua
Neste delírio de ter
O toque de felicidade
Desse corpo sem idade
Que me urge apetecer
Parem o tempo e o vento
Quiçá me bata à porta
Um pouco desse momento
Um pouco da vera hora…
POETIK
1 comentário:
Por que as vezes a mais doce palavra, o mais suave olhar nos liberta das amarras da angustia da vida, adorei...
http://moonligh-serenade.blogspot.com/
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