segunda-feira, abril 11, 2011



Estou preso a este livro da vida
Onde me rescrevo ou rasgo
Onde em cada página em branco
Poema me traço

Tivesse eu da felicidade, a hora
O maternal embalo do seu colo
O seu peito firme, idolatrado.
Tivesse eu da hora, a felicidade
De ser homem em plena glória
Ser a ave que poisa no solo
Larga docemente seu fado
E alça voo em liberdade

Tivesse eu a memória viva
Dos gestos simples da vida
De todas as horas que contam
Na hora que vem perdida
Na hora enaltecida
De quantos sonham

Ah tivesse eu da felicidade o assombro
Ou simplesmente o seu ombro
A sua mais doce ou piedosa palavra.
Tivesse eu a hora das horas
A grandeza de todas as trovas
A plenitude da alma

Tomaria banhos de lua
Sobre a tua pele nua
Neste delírio de ter
O toque de felicidade
Desse corpo sem idade
Que me urge apetecer

Parem o tempo e o vento
Quiçá me bata à porta
Um pouco desse momento
Um pouco da vera hora…

POETIK

1 comentário:

Sara Lopes disse...

Por que as vezes a mais doce palavra, o mais suave olhar nos liberta das amarras da angustia da vida, adorei...

http://moonligh-serenade.blogspot.com/

Related Posts with Thumbnails