É árido o vento que passa
E de sangue o olhar que fica.
Vem num cavalo branco o tempo
Trazer-me novas da vida.
Em pergaminho lacrado
A negro vem escrito o fado
Na pele suada e gasta.
Só a alma se contorce
Como a rejeitar, a morte
Que doce me chega casta.
Levito qual nuvem branda
Que cobre o sol ou o universo
Que um dia em lágrimas se desfaz
Sobre algo, incolor, perverso…
Sorvo o pó da terra
Seco inferno na garganta
Quando grito, já não grito
Sou vento que se levanta…
POETIK
1 comentário:
Mais uma vez, deixas-me sem fôlego com a tua arte. Excelente trabalho.
Aproveito para te oferecer um selo que poderás colocar no teu blog: http://schizophreniaofthesenses.blogspot.com/2011/03/primeiro-selo.html
Um beijo, meu caro.
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