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Deveras te procuro
Nos escombros da minha memória
No derradeiro cais alem mar
Da minha desventurada glória
E como num fado
Numa dessas quaisquer ruelas
Iço meu pranto ao vento
Da nau sonho-me as velas
Enegrecidas pelas intempéries
Enegrecidas pela vida
Deveras te procuro
Algures perdida
Num desses mares imensos
E não fora a doce incerteza
Nenhum mar me tragaria
Nem me moldaria a tristeza
Deveras te procuro
Por entre o impenetrável escuro
Da noite que te abomina
Deveras recuso
Do universo o impulso
Que nos domina
Acho-te nem que seja no fim
No fim do que chamam vida
Acho-te! -verdade-
Nem que te chames mentira...
POETIK
1 comentário:
tenho lido muitos poemas seus mas declaro que apartir desse dia esse é meu favorito. muita dualidade e busca...
divino!
http://terza-rima.blogspot.com/
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