terça-feira, outubro 28, 2008
viagem
Venho
De um lugar tão estranho
De um lugar
Que é só um mar
Venho
Desse sonho
Que desenho
Com traços de poesia
Venho
Quando a noite
Já não cabe
Na vontade que me sabe
Ao sabor
Que tem o dia
Venho
Desse mundo
Em que me tenho
Como ser
Que já não sou
Como tempo
Que me acabou
Venho
Muitas vezes por engano
Tantas vezes
Só de vir
Venho
Como um vento cigano
Sem lugar
Onde existir
Venho
No meu corpo soberano
Na minh´alma aprendiz
Viver na carne o profano
O pecado em que me quis
Venho
Com intenção de fugir
Do tempo sempre a partir
Da vida, sempre a morrer
Venho
Com empenho de sentir
A face da lua a carpir
Saudades de me querer
Venho
Como promessa
Que cessa
No momento da verdade
Porque o eterno
Não cabe
No tempo ou na vontade
Venho
Venho a sorrir
Porque choro de vir
Porque venho
Estranho,
De partir
jorge@ntunes
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2 comentários:
Vem....és sempre benvindo....
Beijinhos
Um poema bem o teu perfil.Um misto de vazio e sofrimento ,porém, bem escrito.Amei!
Parabéns!Imagem belíssima.
ADORO-TE...MEU POETA!
Beijinhos ternos:)
Fica na Paz!
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