sexta-feira, setembro 19, 2008
IN finito
Quantas luas
Quantos sóis, já passaram
Quantas vidas, acabaram
Quantas horas, minhas
E tuas
Nos ficaram
Ou se perderam
Entre linhas
Eu e tu
Esboço, traço
De um nu
Obra- Prima
Escrita na tela
Tu eu
Sonho mais que se esqueceu
Neste sono
Que se revela
Tu
Minha vida, meu poema
Minha tormenta serena
Minha luz
Mal apagada
Tu
Minha ultima alvorada
Quantos dias
Quantos anos, já sentidos
Quantos amores perdidos
Quantas Verdades- Mentiras
Vividas
Repetidas
Por serem vidas
Que importa
Quem nos bate àquela porta
À porta que não abrimos
Que de selada sentimos
Não soar
E nem ser porta…
Quantas luas
Quantos becos, quantas ruas
Eu corri
Pra te encontrar
Quantas vezes, me perdi
Nos caminhos que esqueci
De nunca te mais achar
Mesmo vendo
Que corrias
Por esses rios dos dias
Que o mar não soube encontrar
E agora
Que manda a hora
A hora que nos une
É de pranto, e de queixume
É de lágrimas que te abraço
Como esboço, como traço
De um nu
Em tons de mar
Em tons de lume
Amar é pouco
Se for só toque
Se for só corpo
Amar é mais
Amar é tudo
Amar é mar
É mar sem fundo
Olhos nos olhos
Pele na pele
Amo-te doce
Mato-me fel
Sonha-me teu
Que o sonho é meu
Vontade tua
Sonha-me, luz do sol
Preso ao limiar de um farol
Que te sonha
Sendo a lua
Ama-me
Ou morre-me
Nos braços
Que eu morro
De abraços
Do
Do teu esboço
Dos teus traços
Eu morro
De me morreres
Nas vidas
Que te passaram
Dos sonhos que te encontraram
No fado
De me esqueceres
Quantas luas
Quantos sóis
Quantas vezes mais sem ti
Olha!!!
Olha os lírios do campo
A delirarem de encanto
A estenderem-se manto
Nesta minha vida, tua
Abre-me a porta da rua!!!
Eu entro em ti
Se me quiseres
Se me puderes…
Ama-me
Que te amo assim
Perto de ti
Perto do fim
Quantas luas
Mais se apagam
Quantos sóis
Me cegarão
Quantas vezes
Sim ou não
Quantas, quantas, quantas…
A eternidade talvez
Uma e outra vez
Essa saudade
De nos perdermos
Em nós
Sem vida
Sem corpo
Sem voz
Resta-nos tão pouco
O tempo já nos acaba o sonho
Que nos resta depois
Senão um sono
Que nos adormece a vontade?
A casualidade de nos trocarmos
Entre nós
Foi a de um destino fugaz
Um aviso de um tempo
Incapaz
Restamo-nos
Nos prazeres
E nos desejos
Nos sonhos
E nos sonos primeiros
A lucidez, a paz
Não me deixes fugir
Nunca, jamais
Me dês as lágrimas
De te ver partir…
Não sei como acabar
Os versos que escrevo
Não sei por não saber
Não o sei por medo
Medo de acabar nestes versos
Medo apenas de acabar
Medo que os meus versos
Não acabem
No teu olhar…
Medo, porque as palavras
Podem ser medos, que acabas
Por não mais os querer ver, ler
Quantas luas
Quantos sóis
Debaixo dos nossos lençóis
Se estendem a ver perder
Sinto sede de ti
Fome disto que escrevo
Acabo assim este poema
Preso à lua, preso ao sol
No intervalo do medo
E se palavras mais não dito
E se medos mais não grito
E se de ti me alimento
Sopra-me doce ao ouvido
Este poema finito
Eu o mar, e tu o vento…
jorge@ntunes
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2 comentários:
Quando partes de mim o meu corpo esfria e anseia por ti
E resta-me a imensidão do teu terno toque em mim
O meu tempo de te querer não tem ponto final
O meu fado é o meu desejo de ti que não tem fim
Bebo as tuas palavras mesmo quando as não dizes
Medo tenho de as não perceber mesmo que as digas
Alimento-me do teu amor por mim sem limites
Mata a tua sede de mim em cada beijo meu
Sinceramente,é difícil encontrar palavras p/ expressar a grandeza deste INfinito poema.Só sei dizer que li calmamente e AMEI DE PAIXÃO...o resto fica por dizer.Parabéns!Meu Raio de Sol.
Beijinhos mil!
Fica na Paz :)
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