terça-feira, setembro 09, 2008
breve instante
Um dia, quem sabe, irás partir
Mais não seja, porque não tens a eternidade
Do meu amor por ti
E nem esse amor que te tenho pode ser tão eterno
Pois também eu, não sou daqui
Isso talvez nem importe
Porque nem mesmo sei se algo é mais eterno
Que um breve instante
Tudo pode ser apenas uma fome
Que de saciada, se consome
E não é mais fome, nem instante
Que me dirás um dia, que não este?
Um dia, que apenas por não ser este
Não poderás dizer-me nada?
Que me dirás?
Possivelmente algo diferente
Do que este instante dizes calada…
..............................
Fazes o jantar
Como quem remenda a fome
Com sabores e odores de fartura
Cozinhados ao de leve na loucura
Sonhos e desejos ainda frescos e suculentos
E sorris, talvez
Como da primeira vez
Sorrisos eternos e sedentos
Eu também te amo…
E cozinho no meu pensamento
A eternidade desta fome
Vejo-me sobre a mesa inerte
A carne, a alma
Que o teu olhar percorre
Sacia-te de mim!!!
Que um dia, quem sabe irás partir
Não tens a eternidade do meu amor por ti
E eu,
Que não sou daqui
Existo
Por te existir…
jorge@ntunes
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2 comentários:
150 anos é a medida da eternidade do meu amor por ti...
espetacular!
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