terça-feira, agosto 19, 2008

sentir





No contorno de te ter
Nas margens de te sentir
Há um rio que me percorre
Um mar de me ver partir

Ouço a dizer o que sonho ouvir-te
Ouvir-te é sonho que ouso
No contorno de existir
Nas margens aonde poiso

Amar-te talvez seja pouco
E o mar imenso de amar
Talvez seja apenas louco
E de amor não saiba falar

Mas nos contornos do teu corpo
Nas margens dos teus sentidos
Andam meus gestos e restos
Andam meus rios perdidos

Ousa tu, ousar-me assim
Sem sobra, sem fachada
Que tudo mais que te sonhe
De imenso, não será nada

Que o nada é o começo
Da eternidade
No contorno de te ter
Nas margens de te sentir
Rio que sou de um mar
Mar que sou de partir
E de sentir a saudade

jorge@ntunes

3 comentários:

Anónimo disse...

Lindo!Divinal.Gostaria muito de poder expressar o que sinto, quando leio estes teus lindos versos.Mas, me perco de tanta emoção.Só posso dizer-te:És um GRANDE poeta.Parabéns por mais este belíssimo e sonhado presente.ADORO-TE:)
Beijinhos c/ todo meu carinho...MEU AMADO POETA!
Fica bem...fica na Paz!

Anónimo disse...

Nessa imensidão de nada
Sinto-te longe
De tão perto estares
Nesta plenitude de pouco
Sinto-te perto
De tão longe te julgares

Deixa-me falar-te de Amor...

Anónimo disse...

Esta imagem está um encanto...

Beijinhos de Boa Noite!

Fica bem...MON AMOUR!
:)

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