quarta-feira, novembro 23, 2005

chuva



A noite chove
em mim tudo sofre
tudo se dissolve
na chuva que me cobre

forma-se um rio de mim
na agreste calçada
levando meu corpo, meu tempo
o que resta desta alma

corre, corre magoado rio!!!
desvairado de loucura
galgando margens de duvidas
em busca de um mar de ternura

choram as pedras do chão
ao sentirem a minha ilusão
quando lhes toco levemente

eu sigo correndo sem as ver
sem me sentir a perder
a ficar-me lentamente

e num desaguadouro qualquer
que este destino acolhe
demorar-se uma gota de nada
pois que a noite já não chove

jorge@ntunes

10 comentários:

Anónimo disse...

Ao ler este texto vivi um misto de sentimentos.
A tristeza, desilusão e descrença que deixas transparecer versus a simplicidade e a beleza da tua escrita.
Se não te conhecesse e não tivesse por ti uma estima enorme talvez me tivesse "sentido bem" ao ler esta obra de arte mas assim sinto uma dor enorme!

Beijão muito grande amigo e vê se te animas (sei que não é fácil mas tenta, por favor)!

Anónimo disse...

Um poema de belas palavras , porém muito triste.Lamento não poder fazer algo para aliviar teu pensar.
Quero vc sorrindo pra vida ok?Quero
vc feliz, muito feliz...Um beijinho
no teu coração de quem te admira...
Fica na Paz
Geminiana

Silêncios disse...

Querido amigo, não te deixes ficar...tens tanto a aprender, a viver e a dar... Em caso de desalento, tens o carinho desta amiga, que te trata sempre "mal" :) ,mas que gosta tanto de ti...e tens mais,que eu sei...

Anónimo disse...

Que este corpo terno e dorido te sirva em tantas outras vezes de ponte para as lacunas da vida...


Um beijo de " um tamaninho assim"

Anónimo disse...

Pois é...a vida é isto mesmo,um sentir constante de emoções! Ora alegres,ora tristes.O truque está em saber fintar a vida e não lhe dar motivos para que ela se "ria" de nós.
um beijinho doce...tás a precisar

Anónimo disse...

Inverno ,natal , luzes ,chuva , casacos de lã o eco da estradas e a humidade nas palavras .
No inverno choram-se as lagrimas do ano inteiro e dos anos que já lá vao ...

graças ...

=)

Que Bem Cheira A Maresia disse...

Dizem que todo o poeta sente dor e é bem certo, tu demonstras isso claramente.

Meu caro amigo, obrigada pela partilha daquele brinde, foi muito bom ter-te sentido por lá.

Beijo da madrinha, lol

Maria Carvalho disse...

Muito belo! Beijos, bom fim de semana para ti

Que Bem Cheira A Maresia disse...

Não sei porquê, mas senti que hoje deveria passar por cá e deixar-te um beijo muito grande e um xi apertado.

Quando puderes da noticias pf.

Lina

Maria Carvalho disse...

E queres visitar-me no asromasdepaula?? Beijinhos

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