Talvez nos confins dos derradeiros ósculos
Eu guarde o teu espírito matizado e puro
Talvez conserve em mim o prodígio intrínseco
De quem no passado ousou presumir o futuro
Talvez consinta sentir
E ao sentir me consinta Ser
E no derradeiro gemo de vida
Quiçá, viver…
Permanecer um dia mais no infinito nada
Esse nada do todo em ti incessante
E por uma imortalidade vulgar
Estremar o enleado desse instante
Talvez chova nesse dia
Uma chuva que lave a alma ou a dissipe
Ou a torne, quem sabe, outra chuva
De outro céu deveras triste
Talvez uma primeira vez
Do mesmo desejo
Passado, presente, futuro…
…puro beijo…
POETIK
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