segunda-feira, março 24, 2008

reflexo




Vou espelhar cada recanto dos meus sentidos
Por todos os prismas do subconsciente mutismo
Do acto de cada facto, que sem reflexo momentâneo
Se esconde por detrás de um cobarde sofismo

Vou olhar, olhos nos olhos
O que o meu olhar sentir
Vou, ante o espelho e a alma
Deixar-me parir

Tenho uma gaveta cheia de sonhos abortados
Tenho um corpo já gasto dos anos passados
E tantas gavetas vazias

Vagas por avidez de quimeras
Presas em espelhos de severas
A falecerem nos meus dias

Vou espelhar
Na imensidão do mar
As asas do meu desejo

Vou, ao sabor do vento
Ser poema em que me reinvento
Neste reflexo em que me espelho...

jorge@ntunes

1 comentário:

Anónimo disse...

Vou, ao sabor do vento
Ser poema em que me reinvento
Neste reflexo em que me espelho...

Confesso que estou encantada...
Um maravilhosooooo poema!Perfeito!
O que mais posso te dizer? Parabéns!

ADORO-TE...MY LOVE!

Beijinhos ternos:)

Fica na Paz!

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