quinta-feira, novembro 29, 2007

abre-me a porta





Abre-me a porta
Deixa este corpo cansado entrar
O dia foi duro
E a noite está a chegar

Deixa-me entrar


Preciso de um copo, de um sonho
De um sorriso
De uma palavra

Hoje estive na mira da arma
Quase perdi a alma

Cruzei-me com o caçador
Vi fome no seu olhar
Hoje, eu fui a caça

Por isso, deixa-me entrar


Abre-me a porta
Deixa o meu medo sossegar
O dia foi duro
E a noite está a chegar

Deixa-me entrar


Preciso de um corpo, de um leito
De uma almofada
De um sono

Hoje estive no fio da navalha
A hora foi-me canalha

Cruzei-me com o passado
Sem futuro no olhar
Hoje, foi medonho

Por isso, deixa-me entrar


Abre-me a porta
Dá-me a paz do teu olhar
Lava-me as feridas
As noites perdidas

Deixa-me entrar...

jorge@ntunes

3 comentários:

Anónimo disse...

Lindo demais! Confesso que estou paralisada no tempo com a magnitude das tuas palavras.A minha porta está sempre aberta a ti.VEM !Pode entrar quando quiseres...com certeza não se arrependerá,pois aqui, reina a Paz,graças ao meu Senhor Jesus.

Beijinhos ternos e eternos!

ADORO-TE:)

Paula Raposo disse...

Excelente!!

Anónimo disse...

Torna-se dificíl fechar a porta a um homem como tu!...
Sómente se existir a dúvida da não recíprocidade que, tanto te iria magoar.
És digno de amor, carinho, admiração.
Um beijo

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