Recuso permanecer
Recuso até morrer
Se isso irritar deus
Abomino o real
Se ele me for fatal
Mesmo pairando nos céus
Travem comigo qualquer guerra
Estarei sempre aqui à espera
De vos derrotar ao perder
De ver meu corpo findo prostrado
Seguindo com o vosso lado a lado
E lá, da eternidade ver-vos apodrecer
Recuso tudo de vós
Recuso a própria voz
Se ela não vos calar
Ide depois da batalha
Novamente para o vosso nada
Por vós, aqui me fico a chorar…
POETIK
4 comentários:
Enxame de certezas
nesta realeza
de imensos cactos
de um deserto
chamado de mesa
dos nossos passos
Intenso poema, raro de ser lido na rede, isento de postulados vazios e rico em posições claramente dotadas de um grande poder, este, claro, do vosso poético espírito.
Retornarei.
E seguirei.
discorrer sobre o fim é belo.
http://terza-rima.blogspot.com/
lindo!!!
Certeza são nossos frutos mais belos...mesmo quando certas, mesmo quando erradas!
beijos!
Esta recusa abrange até a própria vida... o permanecer e o avançar, o morrer e o viver, o tudo e ainda o nada...
Estou a pensar se gosto ou não.
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