Num tinteiro apinhado de poemas negros
Amontoados, sem forma, sem coisa vida
Poisa a pena de um genuíno indivíduo
Que busca moldar em sonhos a tinta
Quando sobre a folha alva, debruça
A extensão do imenso pensamento
Estende-se impávida, a tinta negra
Como soprada por um leve vento
E desse êxtase desmembrado
Num gesto jamais pensado
Nasce o poema da treva
Toma vida o mal amado
O sofrido, o temerário.
Emana o poeta!
POETIK
2 comentários:
É um sentimento divinizador de nós mesmos esse surgir do poema quando manifesto no papel, a sensação mais próxima do Nirvana quando um é concluído e ao mundo revelado. Este vosso poema traduziu excelentemente esse sublime momento.
Nun gesto impensado, no momento errado. a dor fica e vira letra em um poema.
bjs
Insana
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